Notícia
Relatório traz resultados do 5° ano da Moratória da Soja
São José dos Campos-SP, 05 de setembro de 2012
Resultados do monitoramento do plantio de soja na Amazônia, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram divulgados nesta quarta-feira (5/9) pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). Confira aqui o relatório completo
A análise é importante para verificar o cumprimento da Moratória da Soja, iniciativa já em seu quinto ano que representa o compromisso das indústrias e exportadores da ABIOVE e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) denão adquirir soja de áreas desflorestadas no bioma Amazônia após julho de 2006.
Para o INPE, a Moratória da Soja é um exemplo da importância dos dados espaciais para fomentar ações de responsabilidade ambiental e conter a derrubada da floresta. Baseado no resultado do monitoramento, a ABIOVE reiterou que a soja não tem sido um fator importante de desmatamento na Amazônia.
A partir do monitoramento com o uso de imagens de satélites dos desflorestamentos realizados desde o início da Moratória da Soja, em 2006, para detecção de possível cultivo de soja e posterior validação por meio de sobrevoo e trabalho de campo, a presença de soja foi identificada em 18.410 hectares (ha) desflorestados.
No período avaliado (2007-2011), foram desflorestados 4,51 milhões de ha em todo o bioma Amazônia, dos quais 3,47 milhões de ha (77%) se encontram nos três estados produtores de soja – Mato Grosso, Pará e Rondônia. Foram monitorados 58 municípios que respondem por 98% da área plantada com soja no bioma Amazônia.
De acordo com o relatório, a área de soja corresponde a 0,41% de todo o desflorestamento, ou 0,53% do total aberto nos três estados produtores de soja.
O monitoramento por satélites do cumprimento da Moratória é resultado da parceria entre o INPE e o Grupo de Trabalho da Soja (GTS), formado pelas empresas associadas da ABIOVE e da ANEC e por organizações da sociedade civil (Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil), além do Ministério do Meio Ambiente e do Banco do Brasil.
O GTS conta com a importante contribuição técnico-científica do INPE, capaz de detectar a presença de culturas agrícolas em áreas desflorestadas a partir da interpretação de imagens de satélites. No monitoramento da Moratória da Soja, também foram utilizadas as bases de dados da FUNAI, do IBAMA, IBGE e IMAZON. Já a empresa Geoambiente Sensoriamento Remoto foi contratada pelo GTS para sobrevoar e identificar as áreas selecionadas previamente pelo INPE. Para consolidar as informações do sobrevoo, também foram realizadas visitas a todas as propriedades rurais com presença de cultivo de soja.
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